Setor de transportes leva por surpresa aumento da tarifa dos pedágios. 13 Mar

Setor de transportes leva por surpresa aumento da tarifa dos pedágios.

A partir da 0h de sábado (14), as tarifas de pedágio da CCR ViaSul serão reajustadas. Nesta semana, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) aprovou um reajuste de 4,31%, correspondente à variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os carros deixarão de pagar R$ 4,40 e passarão a R$ 4,60 nas praças de Três Cachoeiras, na BR-101; Gravataí, na freeway; e Montenegro, Paverama, Fontoura Xavier e Victor Graeff, na BR-386. Motos pagarão R$ 2,30. Para caminhões, o valor varia de R$ 9,20 a R$ 27,60 dependendo da quantidade de eixos.

Já no pedágio de Santo Antônio da Patrulha, que terá cobrança em um único sentido até agosto de 2020, o valor para carros aumenta de R$ 8,80 para R$ 9,20. Motos pagarão R$ 4,60. Caminhões gastarão entre R$ 18,40 e R$ 55,20 dependendo da quantidade de eixos.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas de Carazinho e Região – Sindicar, Moises Santos, comenta que tomou por surpresa o aumento no preço das tarifas de pedágio previstas a partir do próximo sábado (14). Santos conta que embora soube-se que o reajuste fosse anual, a maior parte das empresas entendia que o período contava a partir da entrada em operação das praças que em especial na BRs 386 e 101 entraram em operação com as cancelas no mês de fevereiro deste ano.

“Foi surpresa, são poucos centavos, mas que se somam em cada praça e para quem trafega todos os dias forma um volume expressivo no final do mês” diz Santos. 

Embora na região as praças de pedágio passaram funcionar neste ano, a empresa CCR Via Sul está operando na malha desde fevereiro de 2019.

“Ultimamente o setor tem sido bombardeado por notícias ruins. Se tem uma grande preocupação com a questão dos Coronavírus e os reflexos na economia, a ameaça de uma paralisação. As empresas têm poucas sobras, ninguém tem caixa para aguentar os custos de ficar parado por muito tempo” afirma Santos.

O representante de classe destaca que nos últimos anos, com a maior agilidade do processo de vendas e comunicação a maioria dos segmentos trabalha  com estoques mínimos, já que a logística permite que a mercadoria esteja disponível em curto prazo de tempo, tanto que alguns setores fazem pedidos diários recebendo mercadorias de mesmo modo, Santos comenta que no caso de um isolamento ou de restrição de tráfego dado a doença, assim como tem sido adotado em alguns países do mundo, em   poucos dias, cerca de uma semana, a economia sentiria sérios reflexos de desabastecimentos na maiorias dos setores. Santos ainda destaca que não bastasse as preocupações peculiares ao setor o contexto político que prevê manifestações nos próximos dias, deixam o cenário de transportes rodoviários cheio de dúvidas.

“Entende-se que há 4 poderes administrando o Brasil, o Executivo, o Judiciário, o Senado e a Câmara é uma confusão preocupante, e dependendo do número de pessoas que forem as ruas podem haver reflexos grandes a partir da próxima semana. As inseguranças são muitas, o setor está observando e as empresas têm feito a administração do dia a dia, sem  grande investimentos”, coloca Santos.

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